segunda-feira, 16 de novembro de 2009

UMA CARTA A VOCÊ

Pessoal, o post de hoje é diferente. Um grande amigo chamado Lucas Cavalcante e colega na faculdade Direito da UFRN viajou para Portugal ao ter ganho uma bolsa. Está cursando um período acadêmico lá e escreveu essa carta sobre a importância do Inglês. Leiam e, posso garantir, muitos de vocês mudaram a forma de ver esse idioma tão imprescindível para a sociedade contemporânea.

UMA CARTA A VOCÊ

Hoje resolvi parar minhas obrigações estudantis para escrever esta carta a você, estudante brasileiro de Língua Inglesa.
Na Bíblia Sagrada encontramos a parábola do Rico e Lázaro (Lucas 16. 19-31) onde, resumidamente, após a morte de ambos, este encontra-se no “Paraíso” e aquele no “Hades”. Então o Rico diz: “rogo-te, ó Pai, que mande Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho…”.
Este relato serve-nos ao presente objetivo, qual seja, despertar a consciência do estudante brasileiro sobre a grande importância da língua inglesa. Desde minha 5ª série até o 3º ano do Ensino Médio “estudei” o inglês. Mas considerava essa disciplina como a disciplina de ensino religioso. Ou seja, somos um Estado laico, então estudo religião se eu quiser, da mesma forma, como estamos num Estado de língua portuguesa, estudo inglês se eu quiser.
Para resumir o recado, apareceu-me uma oportunidade de vir para a Europa, passar seis meses em Portugal. Pensei: “Áh em Portugal fala-se português, logo, não haverá problemas para se comunicar”. Mas, bastou descer do avião para eu ver que o mundo é bem maior que a área de lazer de minha escola, ou bem maior que o quintal da minha casa. No aeroporto (de um país de língua portuguesa), os informes, placas e avisos estavam escritos em inglês. Ponderei: “deve ser porque trata-se de um aeroporto internacional”. Mas, ao chegar na Pousada outro choque. Bom, é de se prever que numa Pousada tenha pessoas de vários lugares, mas pensei que elas falassem português! Que nada. Fiquei num quarto com um alemão, um belga e um vietnamita. É claro que me fiz de mudo pra melhor passar.
De Lisboa a Coimbra, considerei que aquela situação só existia em Lisboa, a capital lusa, mas em Coimbra, interior do país, não seria daquele jeito. Pois novo engano. No meu quarto tinha um espanhol, um italiano e dois franceses. Desta vez não fiquei tão mudo, comecei a exercitar um outro idioma, a “mimiquês”. É excelente para quem não quer estudar inglês. Você fica parecendo um macaco, balançando as mãos, levando-as à cabeça…(ridículo!). Mas ainda assim eu não queria aceitar esta nova realidade. Dizia pra minha consciência, já pesada, “deve ser porque aqui é uma pousada, com muitos turistas. Vou para um lugar onde só more estudantes”. Pronto, e fiz isso. Foi quando cai na real. Fiquei numa casa com duas italianas, uma holandesa e um alemão. Para minimizar a situação, eles estavam a aprender a língua portuguesa.
Mas para concluir, entendi que o mundo é maior que minha sala de aula, e que este mundo fala inglês. Para se ter uma ideia, até alguns mendigos, que ficam nas esquinas das periferias de Portugal, sabem pedir esmola em inglês. Essa foi demais. Depois que passei por um desses, conclui: “aqui na Europa, eu não sirvo nem pra ser mendigo!”
Se eu tivesse uma carta desta quando ainda estudava inglês, hoje não teria passado por esses constrangimentos. Por isso, que vocês tomem consciência dessa realidade. O MUNDO FALA INGLÊS! Ou estudem pra valer este idioma universal, ou então comecem a exercitar a “mimiquês”.

Atenciosamente,

Lucas Cavalcante de Lima
Um brasileiro

“Na escola, você recebe a lição e depois faz a prova. Na vida, você faz a prova e depois recebe a lição”.
Desconhecido

Um comentário:

  1. Someone that you know27 de janeiro de 2010 às 09:14

    I agree with you! I get a course of Computing Engineering in UFRN and the english language really makes the difference! All the great books are written in english and almost the most importants events in the academic world are spoken in english. Good post Fernando!

    ResponderExcluir