domingo, 29 de novembro de 2009

Use intuition, don’t be afraid of guesswork, and don’t rely too much on the dictionary.

(Use sua intuição, não tenha medo de adivinhar, e não dependa muito do dicionário.)

Para nós, brasileiros, a interpretação de textos é facilitada pela semelhança no plano do vocabulário, uma vez que o português é uma língua latina e o inglês possui cerca de 50% de seu vocabulário proveniente do latim. É principalmente no vocabulário técnico e científico que aparecem as maiores semelhanças entre as duas línguas, mas também no vocabulário cotidiano encontramos palavras que nos são familiares. É certo que devemos cuidar com os falsos cognatos (veja item anterior). Estes, entretanto, não chegam a representar 0,1% do vocabulário de origem latina. Podemos portanto confiar na semelhança. Por exemplo: bicycle, calendar, computer, dictionary, exam, important, intelligent, interesting, manual, modern, necessary, pronunciation, student, supermarket, test, vocabulary, etc., são palavras que brasileiros entendem sem saber nada de inglês. Assim sendo, o aluno deve sempre estar atento para quaisquer semelhanças. Se a palavra em inglês lembrar algo que conhecemos do português, provavelmente tem o mesmo significado.

Leitura de textos mais extensos como jornais, revistas e principalmente livros é altamente recomendável para alunos de nível intermediário e avançado, pois desenvolve vocabulário e familiaridade com as características estruturais da gramática do idioma. A leitura, entretanto, torna-se inviável se o leitor prender-se ao hábito de consultar o dicionário para todas palavras cujo entendimento não é totalmente claro. O hábito salutar a ser desenvolvido é exatamente o oposto. Ou seja, concentrar-se na idéia central, ser imaginativo e perseverante, e adivinhar se necessário. Não deve o leitor desistir na primeira página por achar que nada entendeu. Deve, isto sim, prosseguir com insistência e curiosidade. A probabilidade é de que o entendimento aumente de forma surpreendente, à medida em que o leitor mergulha no conteúdo do texto.

Abraço!!!

Ouvindo: The Gathering - In Between (Live)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

UMA CARTA A VOCÊ

Pessoal, o post de hoje é diferente. Um grande amigo chamado Lucas Cavalcante e colega na faculdade Direito da UFRN viajou para Portugal ao ter ganho uma bolsa. Está cursando um período acadêmico lá e escreveu essa carta sobre a importância do Inglês. Leiam e, posso garantir, muitos de vocês mudaram a forma de ver esse idioma tão imprescindível para a sociedade contemporânea.

UMA CARTA A VOCÊ

Hoje resolvi parar minhas obrigações estudantis para escrever esta carta a você, estudante brasileiro de Língua Inglesa.
Na Bíblia Sagrada encontramos a parábola do Rico e Lázaro (Lucas 16. 19-31) onde, resumidamente, após a morte de ambos, este encontra-se no “Paraíso” e aquele no “Hades”. Então o Rico diz: “rogo-te, ó Pai, que mande Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho…”.
Este relato serve-nos ao presente objetivo, qual seja, despertar a consciência do estudante brasileiro sobre a grande importância da língua inglesa. Desde minha 5ª série até o 3º ano do Ensino Médio “estudei” o inglês. Mas considerava essa disciplina como a disciplina de ensino religioso. Ou seja, somos um Estado laico, então estudo religião se eu quiser, da mesma forma, como estamos num Estado de língua portuguesa, estudo inglês se eu quiser.
Para resumir o recado, apareceu-me uma oportunidade de vir para a Europa, passar seis meses em Portugal. Pensei: “Áh em Portugal fala-se português, logo, não haverá problemas para se comunicar”. Mas, bastou descer do avião para eu ver que o mundo é bem maior que a área de lazer de minha escola, ou bem maior que o quintal da minha casa. No aeroporto (de um país de língua portuguesa), os informes, placas e avisos estavam escritos em inglês. Ponderei: “deve ser porque trata-se de um aeroporto internacional”. Mas, ao chegar na Pousada outro choque. Bom, é de se prever que numa Pousada tenha pessoas de vários lugares, mas pensei que elas falassem português! Que nada. Fiquei num quarto com um alemão, um belga e um vietnamita. É claro que me fiz de mudo pra melhor passar.
De Lisboa a Coimbra, considerei que aquela situação só existia em Lisboa, a capital lusa, mas em Coimbra, interior do país, não seria daquele jeito. Pois novo engano. No meu quarto tinha um espanhol, um italiano e dois franceses. Desta vez não fiquei tão mudo, comecei a exercitar um outro idioma, a “mimiquês”. É excelente para quem não quer estudar inglês. Você fica parecendo um macaco, balançando as mãos, levando-as à cabeça…(ridículo!). Mas ainda assim eu não queria aceitar esta nova realidade. Dizia pra minha consciência, já pesada, “deve ser porque aqui é uma pousada, com muitos turistas. Vou para um lugar onde só more estudantes”. Pronto, e fiz isso. Foi quando cai na real. Fiquei numa casa com duas italianas, uma holandesa e um alemão. Para minimizar a situação, eles estavam a aprender a língua portuguesa.
Mas para concluir, entendi que o mundo é maior que minha sala de aula, e que este mundo fala inglês. Para se ter uma ideia, até alguns mendigos, que ficam nas esquinas das periferias de Portugal, sabem pedir esmola em inglês. Essa foi demais. Depois que passei por um desses, conclui: “aqui na Europa, eu não sirvo nem pra ser mendigo!”
Se eu tivesse uma carta desta quando ainda estudava inglês, hoje não teria passado por esses constrangimentos. Por isso, que vocês tomem consciência dessa realidade. O MUNDO FALA INGLÊS! Ou estudem pra valer este idioma universal, ou então comecem a exercitar a “mimiquês”.

Atenciosamente,

Lucas Cavalcante de Lima
Um brasileiro

“Na escola, você recebe a lição e depois faz a prova. Na vida, você faz a prova e depois recebe a lição”.
Desconhecido